08 de julho de 2022

Os aplicativos e serviços de streaming desativados como parte da operação de combate ao cibercrime também capturaram informações pessoais de usuários

O Ministério da Justiça e de Segurança Pública do Brasil anunciou que realizou sua primeira busca dentro do metaverso como parte de uma operação que visa combater a pirataria digital e crimes contra a propriedade intelectual, bem como o roubo de dados em ambientes digitais.

Apelidada de Operação 404, a iniciativa está em sua quarta iteração.

Centenas de sites, contas falsas e aplicativos foram desativados pela Operação 404

Em 21 de junho de 2022, as autoridades brasileiras prenderam pelo menos uma dúzia de indivíduos em vários estados do país, com vários perfis e páginas falsas nas redes sociais. Essas contas foram suspensas como parte da operação.

Além disso, cerca de 266 sites ilegais foram desativados, bem como 53 sites do Reino Unido e seis dos Estados Unidos, associados à pirataria. Mais de 700 aplicativos de streaming e 461 aplicativos de música, com milhões de usuários ativos, foram bloqueados. Quatro canais que transmitiam conteúdos ilegais também foram retirados do ar, além de 90 vídeos.

Pirataria e roubo de dados: os riscos que usuários correm no metaverso

Esta foi a primeira vez que as investigações da Operação 404 ocorreram no metaverso – realidade virtual à qual usuários podem se conectar de forma imersiva por meio de dispositivos digitais. O foco principal da operação é combater a violação de direitos autorais, que gera prejuízos anuais de 15 bilhões de reais (US$ 2,8 bilhões) ao redor do país, mas, sendo bem-sucedida, tem ajudado a combater também o cibercrime que já ocupa esses espaços digitais.

“Os criminosos divulgavam eventos nas redes sociais e faziam transmissões ilegais. Nossa luta contra a pirataria é constante. Estamos cada vez mais nos especializando em coibir essas práticas e identificar novos crimes”, afirma Alessandro Barreto, coordenador do Laboratório de Operações Cibernéticas da Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça e Segurança (SEOPI).

E, de acordo com o Cyber ​​Operations Lab da SEOPI, ou CyberLab, cerca de 75% dos aplicativos e serviços de streaming investigados capturavam informações do usuário sem autorização – o que, dependendo dos dados roubados e do que eles conseguem fazer com eles, também implicaria em sanções pela Lei Geral de Proteção de Dados em vigor no país.

Mais grave ainda, as autoridades constataram que, por meio da rede do usuário, é possível acessar dados como e-mail, senhas e cadastros bancários. Os indivíduos investigados também usaram dispositivos de transmissão e conteúdo conhecidos como “caixas” para roubar dados pessoais de milhares de usuários.

A pena para pirataria digital no Brasil é de dois a quatro anos de reclusão e multa.

Os indivíduos investigados na Operação 404 também podem ser indiciados por associação criminosa e lavagem de dinheiro, de acordo com as autoridades.

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