Os efeitos da guerra cibernética podem ser devastadores e complexos para os países envolvidos.
O termo guerra cibernética pode fazer parecer com que seu conceito esteja muito mais distante dos impactos sociais do que realmente pode ser, mas isso está longe de ser verdade.
Conforme já mencionamos em nosso artigo mais completo sobre guerra cibernética, os efeitos do evento podem afetar uma sociedade por longos períodos, atingindo a economia e despertado o medo generalizado de que algo possa acontecer a qualquer momento.
Algo parecido com as tradicionais, guerras, não é mesmo?
Quer o histórico das Guerras Cibernéticas?
A gente sabe como é importante conhecer casos reais para entender melhor o conceito de guerra cibernética, e por isso, preparamos uma linha do tempo com os alguns dos principais eventos dos últimos 10 anos.
Os efeitos da guerra cibernética ao longo da história
Podemos dizer que a definição de guerra cibernética se transformou a partir de 2010.
Na verdade, é uma afirmação. Ela mudou de vez em 2010.
Quando a VirusBlokAda, empresa de segurança da Bielorrússia, encontrou um misterioso código de malware que causava um “crash” – ou falha de sistema – nos computadores que executavam seu antivírus.
No fim do mesmo ano, os pesquisadores de segurança cibernética chegaram à chocante conclusão de que o espécime de malware, apelidado de Stuxnet, era o código mais sofisticado já criado para um ataque cibernético e que fora projetado especificamente para destruir as centrífugas usadas nas instalações de enriquecimento nuclear do Irã.
Cerca de dois anos depois, o The New York Times confirmou que o Stuxnet era uma criação da NSA e da inteligência israelense, com o objetivo de impedir as tentativas do Irã de construir uma bomba nuclear.
Ao longo de 2009 e 2010, o Stuxnet destruiu mais de mil das centrífugas de alumínio de aproximadamente dois metros de altura da instalação de enriquecimento nuclear subterrâneo do Irã, em Natanz, provocando caos e confusão.
Depois de se espalhar pela rede iraniana, ele injetou comandos nos chamados controladores lógicos programáveis, ou PLCs (programmable logic controllers), responsáveis pelo funcionamento das centrífugas, fazendo com que elas acelerassem, ou ou manipulando a pressão dentro delas, até que quebrassem “sozinhas”.
O Stuxnet seria reconhecido como o primeiro ataque cibernético já projetado para danificar diretamente equipamentos físicos, e um ato de guerra cibernética que ainda não foi replicado em seus efeitos destrutivos.
Seria também o estopim de uma subsequente corrida global por armas cibernéticas.
Ao longo da história, muitos outros ataques aconteceram, e para que você conheça os mais recentes, preparamos o seguinte vídeo:
Os efeitos da Guerra Cibernética também ameaçam as empresas
Assim como a ideia de uma guerra cibernética só parecia possível em ficção científica alguns anos atrás, uma violação que comprometesse os dados de milhões de pessoas já foi o tipo de notícia de parar o mundo.
Agora, porém, violações que afetam centenas de milhões ou até mesmo bilhões de pessoas são muito comuns.
Cerca de 4 bilhões de pessoas já viram seus dados pessoais serem roubados ao longo de algumas das maiores violações deste século. Isso é quase metade da população mundial atual.
Mas mais do que comprometer sua privacidade, as violações são uma preocupante ameaça econômica.
O custo médio global de uma violação de dados é de 3,92 milhões de dólares, de acordo com o 2019 Cost of a Data Breach Report da IBM – um aumento de 1,5% em relação ao estudo de 2018.
Entre 2014 e 2019, o aumento do número gastos com prevenção ou retaliação de ataques foi de 12%, um crescimento vertiginoso em cinco anos, que parece que vai ganhar ainda mais força até meados de 2025.
Isso porque, em uma era de contínua transformação digital, os ataques cibernéticos rapidamente se tornaram a atividade criminosa que mais cresce atualmente, com uma expectativa de custar 5,2 trilhões de dólares às empresas em todo o mundo dentro dos próximos cinco anos.
Até lá, as consequências dos ataques cibernéticos continuam seguem evoluindo, com os incidentes agora custando às empresas de todos os tamanhos 200 mil dólares, em média, e encerrando as atividades de pelo menos 60% das empresas menores, seis meses após elas serem vítimas de um ciberataque.
Não se trata mais de uma guerra aos titãs. Qualquer um pode ser vítima de um ataque, a qualquer momento – inclusive empresas de pequeno porte.
A frequência com que esses ataques estão ocorrendo também está aumentando, com mais da metade de todas as pequenas empresas sofrendo uma violação, em 2018, e 4 em cada 10 sofrendo vários incidentes ao longo dos anos.
Por outro lado, de acordo com o 2019 SMB Cyberthreat Study, da Keeper Security, 66% dos executivos de pequenas empresas ainda acreditam que é improvável que sejam alvos de criminosos online. E, igualmente, 6 em cada 10 não têm nenhum plano de cibersegurança em vigor, caso sejam vítimas.
Guerra Cibernética, Cibercrime e Ciberterrorismo: Qual a diferença?
A gente já falou anteriormente sobre as diferenças entre os termos guerra cibernética, crime cibernético e terrorismo cibernético, mas porque é tão importante destacar essas diferenças?
Bem, primeiramente, quando a gente fala dos efeitos da guerra cibernética, estamos tratando de algo de uma dimensão muito maior do que ataque cibernético qualquer.
E quando falamos em ciberterrorismo, estamos falando muito de impacto, porém um pouco menos de motivações reais.
Em outras palavras, a guerra cibernética é o “pacote completo” dos conflitos digitais, podendo incluir as duas outras coisas.
E até mesmo pra evitar a diminuição dos efeitos da guerra cibernética, é importante separá-la de seus recursos e, principalmente, as suas causas.
O seu exército está preparado?
As empresas se proteger contra possíveis conflitos cibernéticos, e para isso, é necessário um conjunto de serviços e conhecimento para garantir a melhor defesa.
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