O principal alvo dos invasores são as extremidades, os endpoints.
A proteção endpoints é baseada em detecção de ameaças e respostas com foco em impedir dispositivos sejam atacados e coloquem a rede corporativa em risco.
É necessário ter em mente também que o endpoint tem se tornado uma tendência de mercado, como estudos da Forrester indicam. Segundo esse estudo as soluções baseadas em endpoint respondem por cerca de 10% do budget da área de segurança da informação.
Basicamente, as soluções de segurança do endpoint são a primeira defesa do sistema em caso de invasões de hackers.
Com tudo isso em mente é preciso definir as principais estratégias para tirar o máximo de proveito de tão valiosos recursos.
Mas o que torna o endpoint tão eficaz?
Em uma rede, cada dispositivo conectado representa uma possível porta de entrada para uma vulnerabilidade. E com o advento do Bring Yoursel Own Device, houve um aumento na tentativa de ataques e técnicas de invasão se tornaram mais sofisticadas.
As soluções do endpoint, baseadas em detecção e respostas se tornam a defesa imediata que irá agir primeiro contra possíveis invasores nessas portas de entrada com ações como: monitoramento de terminais que os softwares antivírus não conseguem rastrear, junto com monitoramento e proteção contra APT (Adavnced Persistent Threats/Ameaças Persistentes Avançadas)
O aumento na superfície de ataque
Segundo o estudo já citado, os 48% dos responsáveis por decisões que sofreram violações de segurança afirmaram que o avo mais comum é o servidor corporativo, seguidos pelos dispositivos corporativos e por fim os dispositivos de colaborador.
Os desafios que surgem nestas situações criam grandes dificuldades para conseguir ferramentas corretas para a proteção de uma superfície de ataque em expansão, já que a cada dia a política de BYOD aumenta a quantidade de dispositivos de colaboradores ligados a rede.
Um endpoint ineficaz pode colocar toda a rede em perigo e ser extremamente perigoso já que colocaria a empresa em situação de vulnerabilidade a diversos tipos de ataques e ferramentas comuns no cibercrime.
Isso torna o endpoint algo essencial para a segurança da informação das empresas
Ameaças com as quais lida o endpoint
Embora as ameaças com as quais um endpoints lida sejam diferentes entre si, sendo necessário uma avaliação interna dos principais desafios enfrentados podemos citar alguns exemplos que afetam a todos em escala mais ou menos igual
Exploits: Esse tipo de malware funciona a partir de um browser e ao encontrar uma vulnerabilidade ele executa um código em seu sistema em segredo. Os browsers que utilizam tecnologias de Flash, Java e Office são seus principais alvos.
Esse malware é um dos preferido pelos hackers para infectar os seus alvos.
Basicamente o usuário pode cair em um exploitde duas formas. Uma seria a partir de um endereço web não seguro, com um código malicioso. E a outra seria a partir de um arquivo que possuísse o código oculto.
Porém, os exploits tem o diferencial de não precisarem de um clique do usuário para serem ativos. Uma vez que ele é ativo, gera um sequencia de comandos que podem dar o acesso a um cibercriminoso.
Atividades maliciosas: Pensando que seja inevitável que os hackers passem pelo sistema de prevenção, os endpoints mais recentes fiscalizam os sistemas com varreduras em busca de sinais de malwares e aplicações maliciosas, visando neutraliza-las antes de chegarem em seus objetivos.
As soluções para este fato podem agir tanto no comportamento dos processos, quanto na análise desse comportamento.
Contenção de atividades maliciosas e vulnerabilidades: após a fase de identificação de atividades maliciosas, as soluções de segurança são capazes de ativar recursos automatizados para remediar essas atividades, sem que seja preciso ações expressivas dos administradores de rede.
Entre essas funções podem-se citar rollback de arquivos e bloqueio dos comportamentos maliciosos.
Mas isso não garante que o endpoint seja uma parte inviolável do sistema. Pelos contrários, creditar toda segurança a ele pode torna-lo vulnerável. Por isso é necessária uma estratégia que inclua a análise de segurança do endpoint, bem como níveis de proteção para o mesmo.
Situação de risco: endpoint violado
É fundamental ter consciência das vulnerabilidades que os endpoints podem apresentar, já que ele é a principal entrada para a sua rede.
Um exemplo de vulnerabilidade séria para um endpoint são os malwares indetectáveis. Como todos os dias mais de trezentos mil tipos de malwares são desenvolvidos , existe uma quantidade imensa de malwares que podem ser indetectáveis para o endpoint. Esse aumento constante nas tecnologias de cibercrime cria malwares se disfarçam de arquivos com tanta perfeição que só são detectados depois de terem sido modificados pelo hacker.
Além disso a união de uma grande quantidade de dispositivos móveis com a política BYOD e a rápida expansão da Internet das coisas, aumentam a área de ataque e as chances de uma brecha zeroday. Isso coloca o endpoint novamente em risco.
Com essa quantia absurda de itens conectados a rede, aliado a falta de correções e defasagem no bloqueio de aplicativos a força do endpoint é reduzida exponencialmente. E as máquinas ligadas a Internet das Coisas não tem capacidade de gerir uma segurança baseada em endpoint. Além disso, suas proteções são as mais fracas, o que as torna alvos fáceis de vulnerabilidades.
E então, como utilizar o endpoint?
Mesmo que os endpoints possam ser ferramentas de proteção, não são tão imbatíveis quanto se fazem crer. Uma grande parte dos ataques podem ser barrados ainda na entrada antes que afetem demais sistemas e dispositivos.
Uma estratégia que tem se mostrado efetiva é uso de camadas que protege o endpoint, aliado a soluções para comunicação e internet. Isso mantêm o seu endpoint seguro e ainda garante uma proteção dos pontos delicados a partir de vários lados.
Nessa estratégia, as camadas devem funcionar de maneira sincronizada e compartilhando suas informações a respeito do sistema e rede, em busca de comportamentos anômalos. A equipe de TI se torna responsável pela manutenção dessa estrutura.
Como foi dito, o endpoint é uma solução forte continua protegendo as extremidades da sua rede. Entretanto, eles são limitados como toda ferramenta e podem ser burlados por malwares recentes e vulnerabilidades indetectáveis.